sexta-feira, 15 de julho de 2016

Zezé Di Camargo & Luciano gravam sucesso dos Nonatos


 "Eu e você somos fragmentos do mesmo arco-íris/Você o mundo pela, a minha íris
/Eu converso, e canto pela sua voz..."
(Eu e Você, Nonato Neto e Nonato Costa)


“Estamos gravando com muito orgulho esta obra” comentou o cantor sertanejo Luciano, sobre o lançamento do sucesso "Eu e Você" de autoria da dupla Os Nonatos.
Em maio deste anos, em celebração aos 25 anos de carreira da de Zezé Di Camargo & Luciano, a música já tem demonstrado fortes sinais de sucesso e aceitação pública.

Sobre isso basta ver os inúmeros posts nas redes sociais, visualizações e comentários em canais de vídeos que exaltam e valorizam igualmente o talento inconteste dos seus compositores bem como a interpretação apaixonada de Zezé Di Camargo e Luciano.

O fato de "Eu eVocê" está na boca do povo, além de ter sido gravada pela dupla sertaneja mais amada do Brasil, deve-se também à letra inteligente e bem elaborada, típico das composições dos Nonatos que cada vez mais tem atraído grandes nomes nacionais como Gustavo Lima, César Menotti & Fabiano, Edy Britto & Samuel, Jackson Antunes entre outros grandes intérpretes.

“Na minha opinião, “Eu e Você” é uma das músicas de mais esmero que nós já fizemos, estamos envaidecidos e muitíssimos gratos por vê-la agraciada na voz de Zezé Di Camargo & Luciano”, declarou Nonato Costa.

Para Nonato Neto, felicidade resume esse momento de suas carreiras “como em todas as nossas composições, esta também foi feita com muito amor e é muito bom ver que o público aceitou nosso trabalho e que Zezé Di Camargo & Luciano a escolheram para celebrar os 25 anos de uma história de sucessos inequívocos. Estamos nos sentindo muito felizes em poder fazer parte dessa celebração” afirmou.

Os Nonatos -
São originalmente repentistas populares brasileiros e recordistas em primeiros lugares. Nonato Neto e Nonato Costa se lançaram no mercado musical e colecionam grandes sucessos.

“Eu e você” diz de forma muito elegante e original o que os casais apaixonados dizem ou gostariam de dizer ao companheiro, à companheira. É uma composição universal, diversa, que canta o amor em sua forma plena, sem barreiras, sem preconceitos, em sua totalidade.

Pela repercussão recorde e até bem precoce do lançamento, parece que Zezé Di Camargo & Luciano estão vivendo "um remake" de sua composição "É o amor". Será? Palpite.





Geneceuda Monteiro
Jornalista DRT/PB1.641

terça-feira, 28 de junho de 2016

FINAL DA TEMPORADA DO MUSICAL “O FOLE RONCOU – UMA HISTORIA DO FORRÓ” EM CAMPINA GRANDE


Inspirado no livro homônimo de Carlos Marcelo e Rosualdo Rodrigues, o musical O fole roncou! Uma história do forró mergulha no universo das canções que marcaram o pilar do baião, um dos ritmos mais populares do Brasil, com roteiro fictício livremente adaptado por Sérgio Maggio e Rosualdo Rodrigues. No palco, bailarinos e atores se alternam na narrativa para dar seus testemunhos, temperados pelo humor, teatralidade e astúcia típicos do nordestino. Esta semana, as apresentações na terra do Maior São João do Mundo prosseguem às 20h, no Teatro Municipal Severino Cabral, de terça-feira (28) até o próximo domingo (3). A entrada é franca em todas as datas.

Com Direção Cênica de Sérgio Maggio (seu último trabalho foi como dramaturgo e diretor do musical Eu vou tirar você deste lugar – As canções de Odair José), o espetáculo teve estreia nacional no dia 16 de junho de 2016, no Teatro Municipal de Campina Grande (PB). Diretores e elenco são de Brasília.

Durante temporada em Campina Grande, o musical fez apresentações além do Teatro Municipal, nos distritos de Galante e São José da Mata, no palco principal do Parque do Povo e na pirâmide do Parque do Povo. No dia (19), o Fole Roncou participou da recepção ao ministro da Cultura, Marcelo Calero, com a apresentação de um pocket no Municipal.


O musical

O musical se dá em dois atos, girando em torno da história de Clemente Ferreira da Silva, um rapaz sobrevivente da seca braba no Nordeste dos anos 1940. Clemente, interpretado pelos atores Rudnei Silveira e Luiz Felipe Ferreira, migrou para São Paulo e se tornou Clemente do Forró, numa época em que o rádio era um dos veículos mais importante do País e, como importante radialista e um dos maiores defensores da música nordestina, entrevistou ao vivo Luiz Gonzaga, Marinês, Jackson do Pandeiro, Clemilda e Genival Lacerda.

A direção musical é de Dudu Alves, com arranjos inovadores e exclusivos do Quinteto Violado para o musical, passeando por clássicos como Baião, Asa Branca, Feira de Mangaio, Peba na Pimenta, Sebastiana e tantos outros sucessos que entremeiam essa história. A coreografia de Leila Nascimento dá ainda mais destaque para o xaxado, o forró e o xote, com participação do Balé Flor do Cerrado - grupo de dança que mistura os ritmos tradicionais da nossa cultura popular aos elementos do balé clássico e da dança contemporânea.

A concepção artística é da produtora cultural Edilane Oliveira, paraibana de coração e idealizadora do Maior São João do Cerrado, um dos maiores festivais do gênero no país. Entre seus principais trabalhos, destaca-se o espetáculo “Brasília Canta Sua História”, em parceria com a Cantora Daniela Mercury para a comemoração dos 50 anos de Brasília. “Nunca me imaginei produzindo um musical, mas tem algo mágico no teatro, inexplicável, simplesmente te envolve".

O Musical O Fole Roncou –  Uma História do Forró é o relato de uma cultura que transformou um povo e que caracteriza o que Campina Grande e o Nordeste têm de mais tradicional: o legítimo forró!

Realização: Prefeitura Municipal de Campina Grande
Coordenação Administrativa: Secretaria de Desenvolvimento e Turismo de Campina Grande
Produção: Edilane Produções
Apoio: Teatro Municipal Severino Cabral
Assessoria de Imprensa: Fernanda Souza - (83) 98739-0762
Apoio: FUNARTE e MINISTÉRIO DA CULTURA
Redes sociais: Fanpage: O Fole Roncou - Musical / Instagram: @musicalofoleroncou

FICHA TÉCNICA

Dramaturgia: Sergio Maggio e Rosualdo Rodrigues
Concepção Artística: Edilane Oliveira

Direção Cênica: Sergio Maggio
Diretor assistente: Gilson Cezzar
Diretora de movimento e coreografias: Leila Nascimento
Produção Geral: Edilane Oliveira
Produção Técnica: Enódio Abreu Junior
Coreógrafo Assistente: Alan Mariano
Direção musical: Dudu Alves
Arranjos musicais: Quinteto Violado
Preparador vocal: Matheus Avlis
Figurinos: Fabio Santana
Cenografia e Adereços: Cleuton Azevedo
Bonequeiro: Miguel Mariano
Visagismo: Gabriel Alexandre
Designer de Luz: Vinicius Ferreira
Designer de som: Augusto de Padua
Produção executiva (temporada): Alexsandra Franklin
Produção executiva (fase ensaios): Milca Luna
Assistente Produção (local): Poliana Loreto


ELENCO 

Rudnei Silveira (Clemente do Forró)
Luiz Felipe Ferreira (Clemente Ferreira da Silva e Rodolpho Angelo)
Luisa Caetano (Damiana/Bela Rosa, D. Chica do Umbu e Morte Caetana)
Marília Abreu (Bilu Pela Porco e Marinês)
Berilo Carvalho (Gonçalo Quebra Banca e Luiz Gonzaga)
Rebeca Oliveira (Zefa Caolha e Divina)
Danilo Mattos (Cangaceiro, Paulo Gracindo e Genival Lacerda)
Louise Portela (Cangaceiro e Clemilda e atriz cover de Damiana/Bela Rosa)
Alan Mariano (Bailarino, Beato, Motorista Pau de Arara, Assistente Rádio, Juvenal)
Lehandro Lira (Bailarino, Jackson do Pandeiro, Beato, Motorista Pau de Arara)
Aline Mello (Bailarina, Forrozete, Creuza, Beata e Passageira Pau de Arara)
Bruna Oliveira (Bailarina, Forrozete, Beata e Passageira Pau de Arara)
Luciana Cavalcanti (Bailarina, Forrozete, Beata e Passageira Pau de Arara)
Participações especiais de atores convidados da Escola de atores de Campina Grande (com coordenação da direção do Teatro Municipal de Campina Grande)

Fonte: Assessoria de Imprensa

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Como se forma uma estrela...



Li outro dia que as estrelas são formadas por nuvens de gás interestelar, poeira, hidrogênio. Normalmente este processo é complexo e muito violento. Sua evolução depende da quantidade de matéria presente em suas origens. Um processo poético, cabível a analogias. 

Assim com as estrelas, também com as grandes cantoras. Àquelas que resultam da poeira das estradas, do frio, do calor, de algumas dores da vida. São produtos da matéria com a qual moldaram seu dia a dia. De todo gás e energia dedicados à construção de seus sonhos. Foi assim que surgiu Marinês, a “Rainha do Xaxado” cuja memória precisa ser preservada para as próximas gerações. 

"Minha mãe foi forjada nas dificuldades, seu talento é resultado de sua força, das estradas que percorreu, das experiências e valores adquiridos por seus pais e transmitidos para nós" recordou o maestro Marcos Farias, filho de Marinês e afilhado de Luiz Gonzaga. 

Cada comentário do músico ia reforçando a analogia descrita anteriormente, bem como deixando claro que não haveria alguém, à altura de Marinês, para dar continuidade ao seu legado musical. 

Porém, em um bom “internetês” (#sqn, só que não!). De tanto pedir a benção da mãe para descobrir uma cantora que pudesse levar sua obra adiante, Marquinhos Farias esbarrou em uma pérola, que tal qual as estrelas, são também forjadas nas batalhas que travam. Resultam de suas cicatrizes, de suas lutas, de algumas dores e da força que desempenham rumo à superação.

Isto ficou claro quando ela subiu ao palco. E não era só o olho puxado, não era só o mesmo tamanho, nem só a mesma alegria. Era algo mais. A mesma expressividade do olhar, o ponteio do triângulo conduzindo os pés, o xaxado na ponta da alma. Estava ali em carne viva a nova Marinês, repaginada. 

Anunciada por Marquinhos Farias como lançamento da versão 2016 e ostentando - como coroa - o chapéu de couro original da “Rainha do Xaxado”, a cantora maranhense Sabrina Vaz, surpreendeu a todos que assistiram ao show ocorrido na última sexta-feira, 10 de junho, no Parque do Povo durante o Maior São João do Mundo.

Mostrou naquele palco que canta, dança, toca e “ainda faz “triato” feito a “Karolina com K” de Gonzaga. Provou que está à altura da maior cantora brasileira do Nordeste.

"Minha mãe usava seu chapéu de couro por convicção, por pertencimento e com a grande responsabilidade de representar todo um contexto histórico de sua cultura, sua gente", argumentou o músico para explicar porque Sabrina Vaz mereceu receber e conduzir a “coroa” deixada por sua mãe. 

Após a conquista do trono, Sabrina Vaz certamente terá uma carreira artística iluminada. Para isso, ela tem bênçãos de sobra. Filha de São José do Ribamar, seu talento foi aspergido pelas águas das Baías de São Marcos, São José, São Luís. Muitos santos juntos, todos de comum acordo com São Vicente Ferrer. 

Logo, com raízes firmes como as do babaçu Sabrina Vaz “chegou chegando”. Assumiu seu posto - legitimada pelo seu carisma e energia - e de quebra além da “coroa” conquistou o coração do maestro, ao lado de quem há de conquistar muitas outras plateias! 

Viva Sabrina! Viva Marinês! Viva São João!

Geneceuda Monteiro
Jornalista - DRT: 1.641
Foto: Nixon Motta

terça-feira, 17 de maio de 2016

Baião de Três: Troféu Gonzagão aposta no banquete de ritmos do Nordeste



Em sua VIII versão, o evento homenageia Pinto do Acordeon, Zé Dantas e Carlinhos Brown.


Misturar a autenticidade da puxada da sanfona de Pinto do Acordeon com a riqueza cultural da obra de Zé Dantas, adicionar a pluralidade dos ritmos do timbal, fervidos com os atabaques de Carlinhos Brown. E servir! Está pronto o "baião de três", um prato nordestino que vai agradar aos paladares mais apurados que estarão presentes na noite de hoje, dia 17, no Garden Hotel, durante mais uma edição Troféu Gonzagão.

Esse foi o grande desafio proposto para a oitava edição do evento, que mais uma vez vai reunir grandes nomes da música brasileira, em especial aqueles que lutam pela preservação das raízes culturais do forró e demais ritmos de igual importância.


Realizado pelo Centro de Ortodontia Integrado (COI) e o Instituto Intercultural Brasil (INBRA), o evento vai homenagear o médico, compositor, poeta e folclorista Zé Dantas (in memoriam), o cantor, compositor e instrumentista que mais traduz a poesia e musicalidade nordestina, Pinto do Acordeon e o mais premiado compositor, arranjador, percussionista e produtor musical Carlinhos Brown.

Com o intuito de proporcionar uma noite memorável à altura de seu público artístico e demais convidados, o cardápio da festa vai além do "baião de três" e promete muitas outras iguarias que vão de A a Z, como Antônia Amorosa, Aldemário Coelho, Beto Brito, Cezzinha, Dorgival Dantas, Edmar Miguel, Genival Lacerda... passando pela "LETRA I" através de sua musa inspiradora Iolanda Dantas. 

É um verdadeiro banquete musical, durante o qual todos poderão brindar com o fino cristal da voz de Elba Ramalho, madrinha do Troféu. E de sobremesa, a doce voz de Marina Elali, neta de Zé Dantas, que veio representando o talento e a continuidade do legado de seu avô.

Durante o evento, Flávio José, Ivanildo Vila Nova, Xico Bizerra, Bernard Robert Charrue, Rodolf Freire, Pierre Landolt, Del Feliz, o artista popular Zé do Pife, Antônia Amorosa e Edmar Miguel serão homenageados e receberão o "Oscar do Forró": o Troféu Gonzagão 2016.

Idealizado Ajalmar Maia e Rilávia Cardoso, a primeira edição do evento foi realizada em 2009, homenageando o Rei do Baião Luiz Gonzaga. De lá pra cá, em sete edições, reuniu centenas de músicos e realizadores culturais, incentivando e difundindo as raízes culturais do nordeste através de grandes encontros.

Para Rilávia Cardoso, "o Troféu Gonzagão é a evocação de uma cultura que tem como bandeira o forró, é fruto da genialidade de um homem simples, cuja sabedoria e amor ao seu povo, revolucionou e construiu uma nova história que engrandeceu, definitivamente, o cancioneiro da música popular brasileira: Luiz Gonzaga. Se constitui, também, como uma forma de exaltar as brilhantes expressões artístico-culturais do nosso país", reforça a doutora.

À luz desse ideal, já foram homenageamos muitos dos seguidores de Luiz Gonzaga entre outros que perpetuaram a sua grande obra, quer seja como artistas, cineastas, escritores, ativistas culturais entre outros. 

A oitava edição do Troféu Gonzagão 2016, ocorre hoje, a partir das 19h no Teatro do Garden Hotel de Campina Grande.


Geneceuda Monteiro – Jornalista DRT/PB 1.640


terça-feira, 3 de maio de 2016

É tudo. Muito.Di-verso...



“Ser imagem que cabe em um poema e ser um poema que cabe em um olhar"esta síntese define o livro "É tudo. Muito. Di-verso..." publicado pela Chiado Editora de Portugal e lançado no Brasil, em março de 2016.


A obra, assinada pelas autoras paraibanas Geneceuda Monteiro e Imara Queiroz, apresenta um olhar vário e poético através da fusão de poemas e fotografias centrados em uma temática diversa.

"É tudo. Muito. Di-verso..." traz uma proposta inovadora de poemas-clique inspirados nos haicai, poetrix, tercetos, entre outros estilos poéticos. É a captura poética da imagem ou a imagem revelada em forma de poema. 

De leitura bastante leve e agradável, o livro pretende atingir  todos os leitores que se dispuserem a se entremear pelos seus versos e imagens. Trata-se de um olhar poético totalmente adequado à sociedade instantânea da era da tecnologia da informação e comunicação, que dispõe de pouco tempo para se dedicar à leitura. 

Além disso, com formato e conteúdo bastante atrativo, o livro se configura como uma ferramenta lúdica que busca estimular jovens leitores no processo de construção dialógica e reflexiva de poemas e imagens. Esse encontro exato da palavra/fotografada, certamente, possibilitará momentos de reflexão, refazenda e, porque não, de abstração e ternura entre os seus leitores.

“Deve ser lido por quem seja capaz de escutar a melodia de uma fotografia e enxergar os azuis e verdes e amarelos e vermelhos de um poema em preto e branco...!” desafia o escritor e psicanalista Edmundo Gaudêncio, na apresentação da obra.

A obra já está à venda em formato impresso e digital, através da Livraria Cultura  .

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Campina Grande sedia "Oscar do Forró"

A cidade que faz o Maior São João do Mundo também sedia o maior encontro de forrozeiros do planeta: o Troféu Gonzagão.

Os primeiros acordes ...

Uma sanfona, um zabumba, um triângulo, o tocador. Era arrasta-pé no topo da serra.Foi de lá, que ecoou o baião. Daí por diante o forró tomou conta do arraiá, invadiu o pé-de-serra, fugiu da seca e migrou para o sul levado pelos icônicos paus-de-arara.Fez das feiras livres sua latada, na puxada do fole estava a garantia do "ganha pão". 

Assim como o nordestino, o forró também é um forte. Se reinventou, se vestiu de gala e hoje é estrela de primeira grandeza nos grandes palcos brasileiros.E em Campina Grande, a cidade hich tech que realiza o Maior São João do Mundo, também realiza o maior encontro de forrozeiros do mundo: o Troféu Gonzagão. A megalomania, típica campinense, se justifica com base nos números. Já imaginou uma noite na qual estão reunidos no mesmo local mais de cem artistas forrozeiros de renome nacional e internacional? 

Pois bem, em sua sexta versão, a noite de gala do forró reúne importantes expoentes da música nordestina a exemplo de Elba Ramalho, Nando Cordel, Anastácia, Flávio José, Dorgival Dantas, Zé Calixto, Alcione, Ton Oliveira, Quinteto Violado, Onildo Almeida, João Gonçalves, Lucy Alves, Amazan, Alcymar Monteiro,  Waldonys, Chambinho, Pinto do Acordeon, Genival Lacerda, Elino Julião Júnior, Os Nonatos, Trio Nordestino, entre muitos outros.

O Troféu Gonzagão tem se consolidado como um dos maiores eventos da cultura e música nordestina. Em função disso, a Federação das Indústrias do Estado da Paraíba – FIEP, o Projeto SESI Cultura e Tradição da Paraíba e o Centro de Ortodontia Integrado trazem à cena a sua VI Edição. Neste ano, o evento homenageia o pernambucano de Garanhuns: o grande mestre Dominguinhos.

Aclamado entre os consagrados ícones da música nordestina, pela habilidade com a sanfona, Dominguinhos é um artista iluminado que representou e sempre representará uma de nossas maiores expressões musicais: o forró.

Na oportunidade, também serão alvo de homenagens artistas como: Anastácia, Nando Cordel e Elba Ramalho pela tamanha contribuição à música brasileira através das composições e parcerias de sucesso feitas com Dominguinhos.

Em função disso, a referida homenagem acontecerá no dia 21 de maio, às 20h, no Centro de Convenções Francisco de Assis Benevides Gadelha da FIEP, em Campina Grande, na Paraíba. Trata-se de uma noite especial, um cenário fortemente marcado pelo brilhantismo e autenticidade dos artistas nordestinos.

Com as bençãos dos Padroeiros...


Considerado como "o Oscar do Forró" o evento criado em sua gênese para elevar e fortalecer o ritmo é fruto da dedicação e amor à cultura nordestina dos ortodentistas Ajalmar Maia e Rilávia Cardoso: os "Padroeiros do Forró". É isso mesmo. No Nordeste das muitas tradições culturais em que a reliogiosidade sempre representou a âncora para suportar as intempéries da grandes secas, há padroeiro em tudo. E porque com o forró tinha e ser diferente? Não podia ser não. Tanto é, que é desse jeito!

"Somos um casal de dentistas e ativistas culturais, profundamente apaixonados pela música nordestina, mais notadamente, o forró. Temos promovido estes eventos anualmente, o que nos credenciam a desfrutar da amizade pessoal com vários destes artistas" destaca Rilávia Cardoso. 

De acordo com Ajalmar Maia, ambos já estiveram presentes em outras importantes iniciativas "apoiamos e tivemos registro nos créditos do filme “O milagre de Santa Luzia” tendo como estrela maior “Dominguinhos” mostrando todos os ritmos da sanfona brasileira". Participamos de entrevista do Globo Repórter em 2007, por ocasião da Homenagem a Dominguinhos no evento “Sanfona Sentida” e também por sermos proprietários de uma das cobiçadas sanfonas pertencentes à Luiz Gonzaga". 

"Promovemos o lançamento Nacional do filme “Paraíba meu Amor”, em parceria com a Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (FIEP). Nesta ocasião, houve uma grande repercussão na mídia local e regional" afirmou Ajalmar Maia, reforçando a experiência e alcance conquistados pelo trabalho que desenvolvem.

Da sala de reboco à clínica de ortodontia...

Desde sua primeira edição, realizada em umas das salas do Centro de Ortodontia Integrado com o objetivo de resgatar à cultura e a música Nordestina, o projeto foi consolidado há mais de 10 anos, homenageando com muito orgulho, ícones da música regional com visibilidade local, nacional e internacional. A exemplo de artistas como Dominguinhos, Elba Ramalho, Marinês, Genival Lacerda, Raimundo Fagner, Chico César, Antônio Barros e Cecéu, Pinto do Acordeon, Nando Cordel, Adelmário Coelho, Oswaldinho, Targino Gondim, Adelson Viana, Glorinha Gadelha, Sivuca, Camarão, entre outros.

A partir de 2009, pensou-se em dar uma nova dimensão ao evento, transformando-o em uma vitrine para outorgar o Troféu “Gonzagão” aos vários destaques da música. Logo, foi firmada uma parceria com o presidente da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba - FIEP/PB, Francisco de Assis Benevides Gadelha. Ele, um entusiasta cultural, com sua visão de vanguarda, anteviu o sucesso e apostou em alavancar a Paraíba como um verdadeiro celeiro da Indústria Musical, incorporando a referida iniciativa ao Projeto SESI Cultura Tradição da Paraíba.  

À luz desse ideal, foram homenageamos os seguidores de Luiz Gonzaga e outros que perpetuaram a sua grande obra, na oportunidade, cerca de 50 artistas estiveram presentes. O sucesso do evento repercutiu na mídia local, regional e nacional. 

Já em 2010, para segunda versão do Troféu Gonzagão, a ideia foi  homenagear Jackson do Pandeiro. Um paraibano, compositor, intérprete, instrumentista, ritmista, que além de dotes cênicos e coreográficos foi um grande vencedor da sua arte, com uma imensa obra que abrange côcos, rojões, baiões, sambas, frevos, marchas, rancheiras, xotes, batuques, maxixes, maracatus entre outros gêneros essencialmente brasileiros. Tal evento aconteceu no dia 25 de maio do referido ano. Na ocasião, homenageamos também alguns proprietários de casas de show que deram notoriedade nacional aos artistas e pessoas ligadas de alguma forma a Jackson do Pandeiro.

Pela dimensão alcançada, o Troféu Gonzagão foi indicado para constar permanentemente no calendário de eventos da Prefeitura Municipal de Campina Grande. Com um público alvo diversificado, o "Oscar do Forró" é prestigiado pela sociedade campinense, empresários, industriais, autoridades políticas, legislativas e de classe, entusiastas culturais, além dos inúmeros artistas e empresários das casas de shows do Brasil.

Como bendiz a "Padroeira do Forró",  Rilávia Cardoso, "o Troféu Gonzagão é a evocação de uma cultura que tem como bandeira o forró, é fruto da genialidade de um homem simples, cuja sabedoria e amor ao seu povo, revolucionou e construiu uma nova história que engrandeceu, definitivamente, o cancioneiro da música popular brasileira: Luiz Gonzaga. Se constitui, também, como uma forma de exaltar as brilhantes expressões artístico-culturais do nosso país", reforça a doutora.

Com tanta história para contar, o Troféu Gonzagão demonstra que o forró está mais vivo do que nunca. O fato de não estar em pauta nas grandes mídias, não invalida a força perene de suas raízes. O velho forró tem se renovado e tem muita passarela a sua frente.  É como disse o jornalista  Assis Ângelo - em conversa com o também jornalista e escritor José Nêummane Pinto - "estamos vivenciando aqui, a retomada da música nordestina com toda força e categoria, a música sai da feira para os grandes palcos".

Isso mesmo. O forró deixou as velhas latadas e fez da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba o seu palácio! Onde tem reinado nos últimos anos. Fato é que, enquanto uma sanfona, um zabumba, um triângulo ecoar, o forró sempre terá seu espaço garantido em todos os salões brasileiros.

Geneceuda Monteiro
Jornalista: DRT/PB:1.641
Fone: 83. 88146576

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

A ditadura da beleza não é mole não!


(VIII) Que mulher é metonímia, parte pelo todo, até na mais assombrosa das
criaturas existe uma covinha, uma saboneteira, uma omoplata, um cotovelo, um
detalhe que encanta deveras.
IX) Que me desculpem as muito lindas, mas sem imperfeição não há tesão. Um quê de
feiúra é fundamental, empresta à fêmea uma humildade franciscana quase sempre
traduzida em benfeitorias de primeira qualidade na alcova.
Os 10 mandamentos do homem feio, Xico Sá

"Um mínimo de cirurgias plásticas, dietas patetas e essas ginásticas fantásticas... Vivei e amai ao Sol! Para aquele que ama, vossos senões são poesia. Nada mais lindo que as feiurinhas da mulher amada!  Camelô do Amor, Vinícius de Moraes 


Tentando tirar a caneta do estaleiro fiquei longas horas escavoucando palavras, ciscando fatos e tendências em busca de algum mote. Sem êxito, desisti. Fui para academia, não malhar o corpo, o cérebro. Eureka. Ali estava um grande exercício de flexão e reflexão.

Enquanto caminhava, escrevia o texto - mentalmente - tentando entender por que a ditadura da beleza é tão cruel com a nossa geração. Em especial com as mulheres. Chega a ser assustadora a nova geografia feminina. Seus contornos, seus abismos, suas sinuosidades derraparam na plasticidade do silicone, suas expressões congelaram impostas por aquela toxina tão prestigiada. Olhei ao meu redor e vi bonecas de borracha exibindo seus abdomens tanquinho, seus músculos, peitos e lábios muito mais fortes do que os que Caetano cantou. Super mulheres malhadas, super rãs pela tonicidade das coxas e canelas atrofiadas. Minha geração tinha modelagens mais simpáticas: cinturas de pilão, de violão, as pernas igualmente torneadas, o bumbum arrebitado, os braços frágeis, o colo delicado e macio, o refúgio de poetas.

Acredito que o culto exagerado em busca do corpo perfeito camufla outras inseguranças que infelizmente as anilhas, os estepes, os elípticos e até mesmos os simuladores e demais aparelhos de musculação são incapazes de resolver.

E por falar em resolver, sou muito bem resolvida. Quando avaliada e questionada sobre o resultado esperado na academia fui taxativa e direta "não busco um corpo perfeito, nem sarado, nem tanquinho, estou satisfeita comigo, busco saúde e fortalecimento dos joelhos e mãos, vou precisar muito deles com o tempo, não quero ser uma mulher rã, apenas tonificar o esqueleto". Depois do disparo, o olhar atônito do preparador físico, talvez me achando engraçada, ou não. Gosto de ir contra a maré! Essa é minha onda! Amar é se aceitar antes de tudo! É cuidar do que você é. Se exercitar é saudável. Malhar o cérebro é essencial. Deixa qualquer mulher melhor.

Quem disse que a beleza que a mídia vende é a única que tem mercado? A mulher é um produto? E por isso deve manter uma embalagem impecável? Tou fora! E fora literalmente desse mundo. E sou vaidosa, ouviu? Ninguém pense que sou estilo feminista ou largadona, até porque se assim fosse seria largadinha. Um metro e quase de batom vermelho desfilando de saltos pra lá e pra cá. E tem mais, uso saltos não porque queria ter um metro e tanto. Uso porque sim! Mais que o corpo, elevam a alma feminina.

Como uma coisa puxa outra, os saltos apontam para outra imposição: alguém já viu desfiles ou modelos de garotas "mignon"? Se souberem, por favor, me avisem, eu nunca vi. É como se não houvesse moda e, muito menos mídia, adequada a nossa compacticidade. Sobre isso, vi recentemente umas chinesas se dando mal em cirurgias para aumento de tamanho e modificação do rosto. Almejam a beleza ocidental estampadas nas capas de revistas e outras peças publicitárias. Sinceramente chega a ser cômico se não fosse trágico. Pelo menos, estão valorizando aquelas do tamanho GG, as plus size. Nesse sentido, as fábricas de lingerie já estão mais preocupadas em criar peças para essas divas, em valorizá-las e apresentarem nas passarelas uma beleza mais real.

Na verdade, essa ditadura não é mole não! E a ideia de que "as feias que me desculpem, mas a beleza é fundamental" já foi derrubada. Eu mesma nunca acreditei que este verso representasse de fato o pensamento de Vinícius de Moraes, não deste grande poeta, apesar do crédito, mesmo assim, ainda bem que ele próprio se redime em “Senão é como amar uma mulher só linda. E daí?”... "Para aquele que ama, vossos senões são poesia. Nada mais lindo que as feiurinhas da mulher amada!" Vinícius de Moraes, in Camelô do Amor. 

Assim viva Xico Sá "Que me desculpem as muito lindas, mas sem imperfeição não há tesão.” Os 10 mandamentos do homem feio, Xico Sá

De fato, o que precisamos entender é que mais que embalagem precisamos de conteúdo! As bonecas são lindas sim, sem dúvida, mas vazias. Sem cicatrizes, sem manchinhas, sem estrias, sem dobrinhas, sem histórias não pode existir mulher, um objeto apenas.


Geneceuda Monteiro
04 de fevereiro de 2014