sexta-feira, 14 de junho de 2013

Na Pirâmide: Energia do Festival de Quadrilhas de Campina Grande contagia público

Em sua 16ª versão, o evento provou porque se consolidou como umas das mais belas atrações do Maior São João do Mundo 


                                                                  Foto: Dr.ª Imara Queiroz
Alegria, entusiasmo, sincronização. Esta é a receita das Quadrilhas Juninas. E quem compareceu à Pirâmide do Parque do Povo, nos dias 11 e 13 de junho, pode sentir a vibração do público motivada pela energia e grandiosidade do 16º Festival de Quadrilhas Juninas de Campina Grande.

                                                                    Foto:Dr.ª Imara Queiroz
Naquele cenário, tipicamente decorado com balões gigantes e uma infinidade de bandeirolas coloridas, se apresentaram 14 quadrilhas associadas à Associação de Quadrilhas Juninas de Campina Grande (Asquaju-CG). Na primeira etapa do concurso ocorrida, no dia 11, na Categoria Agreste (primeira fase) competiram sete quadrilhas e na final, ocorrida na quinta, dia 13, mais sete grupos disputaram o título. 

                                                               Foto:Dr.ª Imara Queiroz
De acordo com Márcio Marques da Silva, da coordenadoria de turismo de Campina Grande, no dia 19 de junho a cidade sediará um concurso Estadual para eleger a Rainha e o Casal. Os selecionados irão competir na etapa nacional, em Tocantins.

Para os "quadrilheiros" campinenses, cerca de dois mil, um dos grandes desafios é manter a energia durante a maratona de mais de cem apresentações previstas para o Aeroporto João Suassuna e o Terminal Rodoviário Argemiro de Figueiredo. Nesse sentido, os turistas que chegarem à Campina Grande pelo aeroporto  ou pela rodoviária são recepcionados sempre com muita animação.

                                                               Foto:Dr.ª Imara Queiroz


Segundo à programação, a participação das quadrilhas acontecem nos dias 06, 07, 12, 23, 18, 23, 24 e 28 de junho e 06 e 07 de julho. 



Da origem - A quadrilha, uma contradança que teve seu apogeu no seculo XVIII na França,  tornou-se popular nos salões aristocráticos e burgueses do século XVII em todo o mundo ocidental.No Brasil, foi introduzida durante o período colonial, 1530, pelo aparato Militar da época e fez bastante sucesso nos salões da corte brasileira a partir do século XIX.

Não demorou muito para que ela saísse dos palácios e fosse para as ruas, se juntando ao povo. É a partir desse encontro que ela tomou outras conotações e sofreu mudanças, adotando novos passos e outros instrumentos como a sanfona, o "triângulo" e a "zabumba".

                                                              Foto:Dr.ª Imara Queiroz
No Nordeste, as quadrilhas invadiram as "latadas" dos terreiros. Ali, moças e rapazes vestidos de chita e usando chapéus de palha apresentavam suas coreografias atentos à orientação do marcador. Após conquistar os arraiais, as quadrilhas invadiram as cidades, nos muitos bairros várias quadrilhas se empenhavam em animar as noites de Junho. Em Campina Grande não foi diferente. Ruas importantes da cidade viveram o auge das quadrilhas juninas. Quadrilhas como a da Rua da Floresta e a Xote Menina exemplificam bem tais apresentações.

                                                             Foto:Dr.ª Imara Queiroz
Recentemente as quadrilhas ganharam status de luxo. Se reconfiguraram para acompanhar as novas tendências e públicos vigentes. Mesmo assim, com roupas e passos estilizados, sem falar nos muitos brilhos e adereços incorporados ela não perdeu sua capacidade de contagiar as multidões. E, apesar de alguns críticos contestarem tais modificações sofridas, o Festival de Quadrilha Junina de Campina Grande comprova que a força da tradição está mantida e bem consolidada. 

                                                                Foto:Dr.ª Imara Queiroz
                                                              Foto:Dr.ª Imara Queiroz
O tempo é outro, os gostos são outros, mas o entusiasmo dos quadrilheiros - motivados pela vontade de fazer bonito e pelo empenho para manter essa tradição viva - permanece o mesmo.

Viva o Festival! Viva nossos quadrilheiros! Viva as costureiras, as fadas-madrinha do espetáculo! Viva todos aqueles que lutam e se organizam para manter essa chama viva!


                                                                 



Geneceuda Monteiro - Jornalista - DRT.1.640






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