terça-feira, 28 de junho de 2016

FINAL DA TEMPORADA DO MUSICAL “O FOLE RONCOU – UMA HISTORIA DO FORRÓ” EM CAMPINA GRANDE


Inspirado no livro homônimo de Carlos Marcelo e Rosualdo Rodrigues, o musical O fole roncou! Uma história do forró mergulha no universo das canções que marcaram o pilar do baião, um dos ritmos mais populares do Brasil, com roteiro fictício livremente adaptado por Sérgio Maggio e Rosualdo Rodrigues. No palco, bailarinos e atores se alternam na narrativa para dar seus testemunhos, temperados pelo humor, teatralidade e astúcia típicos do nordestino. Esta semana, as apresentações na terra do Maior São João do Mundo prosseguem às 20h, no Teatro Municipal Severino Cabral, de terça-feira (28) até o próximo domingo (3). A entrada é franca em todas as datas.

Com Direção Cênica de Sérgio Maggio (seu último trabalho foi como dramaturgo e diretor do musical Eu vou tirar você deste lugar – As canções de Odair José), o espetáculo teve estreia nacional no dia 16 de junho de 2016, no Teatro Municipal de Campina Grande (PB). Diretores e elenco são de Brasília.

Durante temporada em Campina Grande, o musical fez apresentações além do Teatro Municipal, nos distritos de Galante e São José da Mata, no palco principal do Parque do Povo e na pirâmide do Parque do Povo. No dia (19), o Fole Roncou participou da recepção ao ministro da Cultura, Marcelo Calero, com a apresentação de um pocket no Municipal.


O musical

O musical se dá em dois atos, girando em torno da história de Clemente Ferreira da Silva, um rapaz sobrevivente da seca braba no Nordeste dos anos 1940. Clemente, interpretado pelos atores Rudnei Silveira e Luiz Felipe Ferreira, migrou para São Paulo e se tornou Clemente do Forró, numa época em que o rádio era um dos veículos mais importante do País e, como importante radialista e um dos maiores defensores da música nordestina, entrevistou ao vivo Luiz Gonzaga, Marinês, Jackson do Pandeiro, Clemilda e Genival Lacerda.

A direção musical é de Dudu Alves, com arranjos inovadores e exclusivos do Quinteto Violado para o musical, passeando por clássicos como Baião, Asa Branca, Feira de Mangaio, Peba na Pimenta, Sebastiana e tantos outros sucessos que entremeiam essa história. A coreografia de Leila Nascimento dá ainda mais destaque para o xaxado, o forró e o xote, com participação do Balé Flor do Cerrado - grupo de dança que mistura os ritmos tradicionais da nossa cultura popular aos elementos do balé clássico e da dança contemporânea.

A concepção artística é da produtora cultural Edilane Oliveira, paraibana de coração e idealizadora do Maior São João do Cerrado, um dos maiores festivais do gênero no país. Entre seus principais trabalhos, destaca-se o espetáculo “Brasília Canta Sua História”, em parceria com a Cantora Daniela Mercury para a comemoração dos 50 anos de Brasília. “Nunca me imaginei produzindo um musical, mas tem algo mágico no teatro, inexplicável, simplesmente te envolve".

O Musical O Fole Roncou –  Uma História do Forró é o relato de uma cultura que transformou um povo e que caracteriza o que Campina Grande e o Nordeste têm de mais tradicional: o legítimo forró!

Realização: Prefeitura Municipal de Campina Grande
Coordenação Administrativa: Secretaria de Desenvolvimento e Turismo de Campina Grande
Produção: Edilane Produções
Apoio: Teatro Municipal Severino Cabral
Assessoria de Imprensa: Fernanda Souza - (83) 98739-0762
Apoio: FUNARTE e MINISTÉRIO DA CULTURA
Redes sociais: Fanpage: O Fole Roncou - Musical / Instagram: @musicalofoleroncou

FICHA TÉCNICA

Dramaturgia: Sergio Maggio e Rosualdo Rodrigues
Concepção Artística: Edilane Oliveira

Direção Cênica: Sergio Maggio
Diretor assistente: Gilson Cezzar
Diretora de movimento e coreografias: Leila Nascimento
Produção Geral: Edilane Oliveira
Produção Técnica: Enódio Abreu Junior
Coreógrafo Assistente: Alan Mariano
Direção musical: Dudu Alves
Arranjos musicais: Quinteto Violado
Preparador vocal: Matheus Avlis
Figurinos: Fabio Santana
Cenografia e Adereços: Cleuton Azevedo
Bonequeiro: Miguel Mariano
Visagismo: Gabriel Alexandre
Designer de Luz: Vinicius Ferreira
Designer de som: Augusto de Padua
Produção executiva (temporada): Alexsandra Franklin
Produção executiva (fase ensaios): Milca Luna
Assistente Produção (local): Poliana Loreto


ELENCO 

Rudnei Silveira (Clemente do Forró)
Luiz Felipe Ferreira (Clemente Ferreira da Silva e Rodolpho Angelo)
Luisa Caetano (Damiana/Bela Rosa, D. Chica do Umbu e Morte Caetana)
Marília Abreu (Bilu Pela Porco e Marinês)
Berilo Carvalho (Gonçalo Quebra Banca e Luiz Gonzaga)
Rebeca Oliveira (Zefa Caolha e Divina)
Danilo Mattos (Cangaceiro, Paulo Gracindo e Genival Lacerda)
Louise Portela (Cangaceiro e Clemilda e atriz cover de Damiana/Bela Rosa)
Alan Mariano (Bailarino, Beato, Motorista Pau de Arara, Assistente Rádio, Juvenal)
Lehandro Lira (Bailarino, Jackson do Pandeiro, Beato, Motorista Pau de Arara)
Aline Mello (Bailarina, Forrozete, Creuza, Beata e Passageira Pau de Arara)
Bruna Oliveira (Bailarina, Forrozete, Beata e Passageira Pau de Arara)
Luciana Cavalcanti (Bailarina, Forrozete, Beata e Passageira Pau de Arara)
Participações especiais de atores convidados da Escola de atores de Campina Grande (com coordenação da direção do Teatro Municipal de Campina Grande)

Fonte: Assessoria de Imprensa

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Como se forma uma estrela...



Li outro dia que as estrelas são formadas por nuvens de gás interestelar, poeira, hidrogênio. Normalmente este processo é complexo e muito violento. Sua evolução depende da quantidade de matéria presente em suas origens. Um processo poético, cabível a analogias. 

Assim com as estrelas, também com as grandes cantoras. Àquelas que resultam da poeira das estradas, do frio, do calor, de algumas dores da vida. São produtos da matéria com a qual moldaram seu dia a dia. De todo gás e energia dedicados à construção de seus sonhos. Foi assim que surgiu Marinês, a “Rainha do Xaxado” cuja memória precisa ser preservada para as próximas gerações. 

"Minha mãe foi forjada nas dificuldades, seu talento é resultado de sua força, das estradas que percorreu, das experiências e valores adquiridos por seus pais e transmitidos para nós" recordou o maestro Marcos Farias, filho de Marinês e afilhado de Luiz Gonzaga. 

Cada comentário do músico ia reforçando a analogia descrita anteriormente, bem como deixando claro que não haveria alguém, à altura de Marinês, para dar continuidade ao seu legado musical. 

Porém, em um bom “internetês” (#sqn, só que não!). De tanto pedir a benção da mãe para descobrir uma cantora que pudesse levar sua obra adiante, Marquinhos Farias esbarrou em uma pérola, que tal qual as estrelas, são também forjadas nas batalhas que travam. Resultam de suas cicatrizes, de suas lutas, de algumas dores e da força que desempenham rumo à superação.

Isto ficou claro quando ela subiu ao palco. E não era só o olho puxado, não era só o mesmo tamanho, nem só a mesma alegria. Era algo mais. A mesma expressividade do olhar, o ponteio do triângulo conduzindo os pés, o xaxado na ponta da alma. Estava ali em carne viva a nova Marinês, repaginada. 

Anunciada por Marquinhos Farias como lançamento da versão 2016 e ostentando - como coroa - o chapéu de couro original da “Rainha do Xaxado”, a cantora maranhense Sabrina Vaz, surpreendeu a todos que assistiram ao show ocorrido na última sexta-feira, 10 de junho, no Parque do Povo durante o Maior São João do Mundo.

Mostrou naquele palco que canta, dança, toca e “ainda faz “triato” feito a “Karolina com K” de Gonzaga. Provou que está à altura da maior cantora brasileira do Nordeste.

"Minha mãe usava seu chapéu de couro por convicção, por pertencimento e com a grande responsabilidade de representar todo um contexto histórico de sua cultura, sua gente", argumentou o músico para explicar porque Sabrina Vaz mereceu receber e conduzir a “coroa” deixada por sua mãe. 

Após a conquista do trono, Sabrina Vaz certamente terá uma carreira artística iluminada. Para isso, ela tem bênçãos de sobra. Filha de São José do Ribamar, seu talento foi aspergido pelas águas das Baías de São Marcos, São José, São Luís. Muitos santos juntos, todos de comum acordo com São Vicente Ferrer. 

Logo, com raízes firmes como as do babaçu Sabrina Vaz “chegou chegando”. Assumiu seu posto - legitimada pelo seu carisma e energia - e de quebra além da “coroa” conquistou o coração do maestro, ao lado de quem há de conquistar muitas outras plateias! 

Viva Sabrina! Viva Marinês! Viva São João!

Geneceuda Monteiro
Jornalista - DRT: 1.641
Foto: Nixon Motta